Parque de aproveitamento da energia das ondas na Póvoa de Varzim

O primeiro parque mundial de aproveitamento da energia das ondas vai ser inaugurado terça-feira 23/09/2008 ao largo da Póvoa de Varzim, na costa norte portuguesa, num investimento global superior a 8,5 milhões de euros, noticia a Lusa.
Este projecto pioneiro, da responsabilidade da Enersis e da escocesa Ocean Power Energy (OPD), que é o parceiro tecnológico, terá capacidade para produzir, numa primeira fase, energia eléctrica suficiente para alimentar uma povoação com cerca de seis mil habitantes.
Nesta fase, foram instaladas três máquinas de aproveitamento energético, com capacidade para produzirem 750 kilowatts (kW) cada uma, o que permitirá uma produção média anual de sete giga watts por hora (Gwh).
As máquinas, instaladas a cerca de cinco quilómetros ao largo da Póvoa de Varzim, têm forma cilíndrica e medem cerca de 50 metros de comprimento, com um perímetro de 3,5 metros, dos quais apenas um metro fica acima do nível da água.
A energia produzida pelas ondas do alto mar, consideradas mais estáveis do que as ondas de rebentação, é depois encaminhada através de um cabo submarino para uma subestação de ligação à rede eléctrica.
O investimento neste projecto é financiado em 15 por cento por apoios públicos, sendo o restante integralmente assumido pelos dois parceiros envolvidos, a Enersis e a OPD.
O aumento populacional no globo fez reduzir a quantidade de água per capita para 1/3 em relação a 1970.
O aumento do consumo de água cons fins domésticos, industriais e agrícolas.
Para tentar contrariar estes dados os países mais desenvolvidos começaram a consumir intensivamente as águas subterrâneas estando anunciado o esgotamento destas num futuro não muito longínquo.
A energia hidráulica faz parte das energias com a sigla FER – fontes de energia renováveis, utilizadas na produção de energia eléctrica.É tal a importância destas FER, que a União Europeia, quando em 2001 englobava 15 países, estabeleceu para estes uma meta de 22% da electricidade a ser obtida a partir das fontes renováveis. A certificar a intenção de Portugal em utilizar as FER, está o facto de então ter assumido o valor de 39% para a sua quota, a terceira maior depois da Áustria e da Suécia, percentagem que já alterou em 2007, fixando o objectivo de produzir, até 2010, 45%. Esta decisão é da maior importância, dado que Portugal em 2005 importava 87,2% da energia que consumia. Em 2007, Portugal tinha já 65% da energia instalada ( interna) proveniente da energia hidráulica
A reforçar a importância das centrais hidroeléctricas, o Governo português prevê a construção de mais 10 novas barragens no rio tua e no rio sabor.